O nascimento de uma criança Guarani é bastante esperado, não só pela mãe, mas por todos os parentes.
A gravidez é atribuída, antes de mais nada, a causas sobrenaturais. Embora reconheçam que são necessárias relações sexuais para que uma criança seja concebida, são os Deuses que a enviam através do sonho do pai: o pai sonha que uma criança seria concebida, conta o sonho à esposa e esta engravida. Quando a gravidez se confirma, pais e parentes ficam alegres e cantam porque todo nascimento significa a vinda de uma alma do mundo divino para o mundo dos homens – sendo transportada por um apyka (banco), ela se assenta no ventre da mãe. Caso a gravidez ocorra antes do sonho do pai, dizem os mais velhos que o ayvu (alma), já estava procurando a mulher para nascer.
No momento em que a mulher entra em trabalho de parto, o marido ferve água com uma planta chamada kapi’i ou com suas sementes (kapi’i’a). A parturiente toma banho com essa água e em seguida a bebe para facilitar o parto.
Imediatamente após o nascimento, a placenta – que também é chamada de assento, pois é o lugar em que a alma vinda do mundo divino toma assento para entrar neste mundo – é cuidadosamente enterrada dentro da casa (com cinzas para não atrair animais). Dessa forma, o assento deixa de ser substância feminina passa a ser uma substância masculina, onde a potência máxima é a transformação de poder masculino e feminino. Isso explica o temor Guarani do nascimento em maternidades. Dizem que “a criança não será a mesma”, e indagam “o que fazem com a placenta?”. Deixar de realizar o enterro da placenta muda profundamente as relações sociais Guarani.
Após o nascimento da criança, a mãe se alimenta de mbojape (mingau de milho) por três dias. Depois disso, durante um mês não se alimenta de doces ou mel. Mas o pai também observa a restrição alimentar de carne por 10 a 15 dias após o nascimento de uma criança, visando a saúde da criança e ao seu crescimento e bem-estar físicos.
No primeiro ano de vida, a criança não deve comer alimentos com açúcar.
Baseado em texto de ZÉLIA MARIA BONAMIGO
A gravidez é atribuída, antes de mais nada, a causas sobrenaturais. Embora reconheçam que são necessárias relações sexuais para que uma criança seja concebida, são os Deuses que a enviam através do sonho do pai: o pai sonha que uma criança seria concebida, conta o sonho à esposa e esta engravida. Quando a gravidez se confirma, pais e parentes ficam alegres e cantam porque todo nascimento significa a vinda de uma alma do mundo divino para o mundo dos homens – sendo transportada por um apyka (banco), ela se assenta no ventre da mãe. Caso a gravidez ocorra antes do sonho do pai, dizem os mais velhos que o ayvu (alma), já estava procurando a mulher para nascer.
No momento em que a mulher entra em trabalho de parto, o marido ferve água com uma planta chamada kapi’i ou com suas sementes (kapi’i’a). A parturiente toma banho com essa água e em seguida a bebe para facilitar o parto.
Imediatamente após o nascimento, a placenta – que também é chamada de assento, pois é o lugar em que a alma vinda do mundo divino toma assento para entrar neste mundo – é cuidadosamente enterrada dentro da casa (com cinzas para não atrair animais). Dessa forma, o assento deixa de ser substância feminina passa a ser uma substância masculina, onde a potência máxima é a transformação de poder masculino e feminino. Isso explica o temor Guarani do nascimento em maternidades. Dizem que “a criança não será a mesma”, e indagam “o que fazem com a placenta?”. Deixar de realizar o enterro da placenta muda profundamente as relações sociais Guarani.
Após o nascimento da criança, a mãe se alimenta de mbojape (mingau de milho) por três dias. Depois disso, durante um mês não se alimenta de doces ou mel. Mas o pai também observa a restrição alimentar de carne por 10 a 15 dias após o nascimento de uma criança, visando a saúde da criança e ao seu crescimento e bem-estar físicos.
No primeiro ano de vida, a criança não deve comer alimentos com açúcar.
Baseado em texto de ZÉLIA MARIA BONAMIGO
Minha ayvu cresce cada vez que busco repouso em ABYA YALA SIN FRONTERA. Paz em Ñanderu,
ResponderExcluirGraça Grauna
Seja sempre bem-vinda! Que sempre haja pouso tranquilo para a Graúna!
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