Exatamente à hora onde, nos trópicos, o dia declina bruscamente, numa tarde pré-colombiana, Nanazca, um velho sacerdote da magnífica cidade sagrada de Kawachi, sobe lentamente a rampa de acesso que o conduz ao topo chato de uma pequena pirâmide construída no deserto, com blocos de areia compactada. Em breves instantes, lá longe, o Sol embarcará na jangada da noite, rebocada por peixes mitológicos, que o conduzirão ao seio das águas calmas de Ni, o Grande Mar do Sul.
Coberto com um longa capa de algodão branco, suntuosamente revestida com plumas cintilantes de colibris, Nanazca observa atentamente o pôr-do-sol. O grande sacerdote pertence à nobre linhagem dos Cabeças Longas, que vivem nos pampas, encerados entre a montanha andina e o Pacífico, há pelo menos 5.000 anos. Seus cabelos negros e lisos emolduram um rosto bronzeado, tatuado com símbolos sagrados. O perfil é curioso, marcado ao longo das faces, com o oma, o turbante cruzado sobre sua testa. Graças a este símbolo de união divina entre a terra dos homens e o céu dos deuses, Nanazca pode se comunicar intimamente com eles. Usa também, pinçando a membrana nasal, o ornamento sagrado em forma de falsos bigodes felinos, de ouro cinzelado. E o canto de seus olhos acha-se pintado por um glifo em asa de falcão.
Do alto da pirâmide, Nanazca espreita a queda quase vertical do Sol sobre o horizonte. Se ele foi correto no imponderável cálculo do tempo, este dia será o mais curto do ano e o sol desaparecerá precisamente na extremidade de uma linha muito longa e larga de pedras oxidadas, que os sacerdotes alinham em direção a Ni, sobre suas indicações... Como que seguro ali por uma mão invisível de gigante, o Sol se põe pontualmente, de um só golpe, na extremidade do alinhamento!
Quase imediatamente, os olhos das divindades celestes iluminam-se e brilham sobre o cenário violeta da noite austral. Evadindo-se de sua morada enregelada das altas Cordilheiras, Si, a Lua, ilumina a imensidão triste dos pampas. Em uníssono, a alegria ilumina as feições do velho. Da mesma forma que o sol seguiu o caminho de pedras tramadas que parecia direcioná-lo ao seu repouso noturno, à hora prevista, a lua vaga acima do grandioso planalto desértico. Surge exatamente onde se acha a ponta afilada do grande Triângulo de Si, desenhado por Nanazca.
O teatro animado do céu fascina o homem, que preside o destino dos altivos Nazcas. Com voz extasiada, ele fala a cada estrela, saúda os planetas, dialoga com o fascinante Cruzeiro do Sul. Ele não se iludiu. Os segredos do cosmos lhe pertencem! Amanhã e no futuro, tanto quanto viver o povo das areias, outras linhas, outros signos marcarão sobre o solo, em dimensões cósmicas, os movimentos perpétuos e a marcha inalterável dos astros, que orquestrarão o bem-estar e a vida quotidiana dos seus.
A bordo de um pequeno avião da “Faucett Line”, mais exatamente a 22 de junho de 1939, por uma feliz coincidência, o astrônomo americano Paul Kosok, especialista em paleo-irrigação, sobrevoa os mesmos locais onde, vinte ou trinta séculos antes, o Ancião dos Nazcas meditava, planificando a noite das eras pré-incas.
O Prof. Kosok foi em missão ao Peru, através da Univesidade de Long Island, para estudar as famosas obras hidráulicas dos antigos peruanos. Todavia, seria outra coisa que ele descobriria. Não acreditando em seus olhos, ele distingue em “um dos desertos mais secos do mundo”, a monumental criptografia dos Nazcas.
Coberto com um longa capa de algodão branco, suntuosamente revestida com plumas cintilantes de colibris, Nanazca observa atentamente o pôr-do-sol. O grande sacerdote pertence à nobre linhagem dos Cabeças Longas, que vivem nos pampas, encerados entre a montanha andina e o Pacífico, há pelo menos 5.000 anos. Seus cabelos negros e lisos emolduram um rosto bronzeado, tatuado com símbolos sagrados. O perfil é curioso, marcado ao longo das faces, com o oma, o turbante cruzado sobre sua testa. Graças a este símbolo de união divina entre a terra dos homens e o céu dos deuses, Nanazca pode se comunicar intimamente com eles. Usa também, pinçando a membrana nasal, o ornamento sagrado em forma de falsos bigodes felinos, de ouro cinzelado. E o canto de seus olhos acha-se pintado por um glifo em asa de falcão.
Do alto da pirâmide, Nanazca espreita a queda quase vertical do Sol sobre o horizonte. Se ele foi correto no imponderável cálculo do tempo, este dia será o mais curto do ano e o sol desaparecerá precisamente na extremidade de uma linha muito longa e larga de pedras oxidadas, que os sacerdotes alinham em direção a Ni, sobre suas indicações... Como que seguro ali por uma mão invisível de gigante, o Sol se põe pontualmente, de um só golpe, na extremidade do alinhamento!
Quase imediatamente, os olhos das divindades celestes iluminam-se e brilham sobre o cenário violeta da noite austral. Evadindo-se de sua morada enregelada das altas Cordilheiras, Si, a Lua, ilumina a imensidão triste dos pampas. Em uníssono, a alegria ilumina as feições do velho. Da mesma forma que o sol seguiu o caminho de pedras tramadas que parecia direcioná-lo ao seu repouso noturno, à hora prevista, a lua vaga acima do grandioso planalto desértico. Surge exatamente onde se acha a ponta afilada do grande Triângulo de Si, desenhado por Nanazca.
O teatro animado do céu fascina o homem, que preside o destino dos altivos Nazcas. Com voz extasiada, ele fala a cada estrela, saúda os planetas, dialoga com o fascinante Cruzeiro do Sul. Ele não se iludiu. Os segredos do cosmos lhe pertencem! Amanhã e no futuro, tanto quanto viver o povo das areias, outras linhas, outros signos marcarão sobre o solo, em dimensões cósmicas, os movimentos perpétuos e a marcha inalterável dos astros, que orquestrarão o bem-estar e a vida quotidiana dos seus.
A bordo de um pequeno avião da “Faucett Line”, mais exatamente a 22 de junho de 1939, por uma feliz coincidência, o astrônomo americano Paul Kosok, especialista em paleo-irrigação, sobrevoa os mesmos locais onde, vinte ou trinta séculos antes, o Ancião dos Nazcas meditava, planificando a noite das eras pré-incas.
O Prof. Kosok foi em missão ao Peru, através da Univesidade de Long Island, para estudar as famosas obras hidráulicas dos antigos peruanos. Todavia, seria outra coisa que ele descobriria. Não acreditando em seus olhos, ele distingue em “um dos desertos mais secos do mundo”, a monumental criptografia dos Nazcas.
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