A
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que
será realizada na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 junho de 2012,
contará com representantes dos 193 Estados-membros da ONU e com milhares de
participantes dos mais variados setores da sociedade civil.
A
Rio+20 é um processo intergovernamental dirigido pelos Estados-membros das
Nações Unidas, com forte engajamento do sistema ONU e da sociedade civil.
Diversas reuniões preparatórias dos Estados-membros estão sendo realizadas nos
meses que antecedem a Conferência, para discutir o objetivo e os temas
propostos. A Conferência contará com a participação de Chefes de Estado e de
Governo, bem como de outros representantes, e deverá resultar em documentos
consensuais.
Desde
a Rio-92, a sociedade civil participa de forma essencial na promoção do
desenvolvimento sustentável. De acordo com o sistema das Nações Unidas,
os chamados “grupos principais” – organizações não-governamentais, grupos
empresariais, comunidades indígenas, autoridades locais, organizações de
agricultores, grupos de crianças e jovens, trabalhadores e sindicatos,
entidades de mulheres e a comunidade científica e tecnológica, todos terão
espaço para representar a sociedade civil.
A participação de indivíduos também é
muito importante para o êxito da Conferência. Todos poderão contribuir com
envio de sugestões, divulgação das informações e participação em eventos da
Conferência. Antes do evento, o público em geral pode participar por meio de
sugestões, escrevendo em alguma das línguas oficiais da ONU (árabe, chinês,
espanhol, francês, inglês, russo) para o email: uncsd2012@un.org.
Também é possível participar dos
diversos eventos paralelos à agenda intergovernamental que estão sendo
planejados para o período de realização da Conferência. Eles acontecerão em
áreas reservadas pelo Comitê Nacional de Organização para a sociedade civil e
suas programações serão divulgadas oportunamente neste sítio e pela imprensa.
Os dois
temas centrais da Rio+20 – a economia verde no contexto do desenvolvimento
sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o
desenvolvimento sustentável – foram aprovados pela Assembleia Geral das Nações
Unidas de forma consensual entre os 193 países que integram a ONU. Nas reuniões
do processo de preparação, os países têm apresentado propostas sobre esses
temas, buscando resultados que possam ser adotados na Conferência.
A
ECONOMIA VERDE NO CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DA ERRADICAÇÃO DA
POBREZA
A
“economia verde” constitui um instrumento para a aplicação de políticas e
programas com vistas a fortalecer a implementação dos compromissos de
desenvolvimento sustentável em todos os países da ONU. Para o Brasil, a
“economia verde” deve ser sempre enfocada no contexto do desenvolvimento
sustentável e da erradicação da pobreza, uma vez que os temas de economia e de
meio ambiente (“verde”) não podem ser separados das preocupações de cunho
social.
O debate
sobre “economia verde” aponta para oportunidades de complementaridade e de
sinergia com outros esforços internacionais, englobando atividades e programas
para atender às diferentes realidades de países desenvolvidos e em
desenvolvimento. É importante relembrar que a redução das desigualdades – em
nível nacional e internacional – é fundamental para a plena realização do
desenvolvimento sustentável no mundo.
ESTRUTURA
INSTITUCIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
As
discussões sobre a estrutura institucional têm buscado formas para melhorar a
coordenação e a eficácia das atividades desenvolvidas pelas diversas
instituições do sistema ONU que se dedicam aos diferentes pilares do
desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental). Os países têm
debatido, principalmente, maneiras pelas quais os programas voltados ao
desenvolvimento econômico, ao bem-estar social e à proteção ambiental podem ser
organizados em esforços conjuntos, que realmente correspondam às aspirações do
desenvolvimento sustentável.
Algumas
das propostas já apresentadas propõem a reforma da Comissão sobre
Desenvolvimento Sustentável (CDS), com o objetivo de reforçar seu mandato de
monitoramento da implementação da Agenda 21, adotada durante a Rio-92, e seu
papel de instância de coordenação e de debate entre representantes dos países e
da sociedade civil. Quanto à reforma das instituições ambientais, vários países
têm apontado a importância de que sejam fortalecidas as capacidades de trabalho
do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), aumentando a
previsibilidade dos recursos disponíveis para que essa instituição apoie
efetivamente projetos em países em desenvolvimento. A reforma da estrutura
institucional para o desenvolvimento sustentável deverá observar o equilíbrio
entre as questões sociais, econômicas e ambientais.
Fonte: SITE OFICIAL RIO+20 - http://www.rio20.gov.br
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